Após a
escolha da música, lembramo-nos de um exemplo visto em aula que serviu de
inspiração e complementou o que já pensávamos em fazer na composição
tipográfica, porém com algumas modificações:
Diferente
da imagem acima, em nossa composição, o objeto é quase que inexistente, foi
criado para ser apenas uma alusão ao formato de uma cruz de acordo com a
disposição das palavras.
As palavras em caixa alta têm o
objetivo de fazer relação com a melodia da música e a maneira como o cantor
pronuncia essas palavras na canção, com mais ênfase nestas destacadas.
A frase “O amor é fogo que arde sem se
ver” foi trabalhada como se fosse uma chama mesmo; são várias cópias da frase
em tons de vermelho e laranja, que remete ao fogo, ao calor, as tonalidades da
chama.
Tivemos
como ideia inicial, fazer um aglomerado de frases para representar o fogo:
A primeira ideia abaixo não foi
utilizada porque nosso objetivo era que a frase fosse legível. Também
acreditamos que uma “chama” muito intensa assim remete a algo mais agressivo e
doloroso, e não a uma “chama do amor”, como descrito no poema.
Não
utilizamos estas primeiras produções por vários motivos: queríamos trabalhar
mais nas fontes, no potencial comunicacional das palavras e trabalhar com o
texto todo e não somente com uma parte.
Adaptações do projeto
Frase principal
Como referido acima, pretendíamos trabalhar mais nas
potencialidades das fontes, portanto, não ficamos satisfeitos com o resultado
anterior que tínhamos. Então, esforçamo-nos e tentamos aperfeiçoar a primeira
ideia do projeto.
Fizemos algumas variações de cores,
formatos de cruz, fontes e diferentes disposições do texto todo na composição.
As palavras espelhadas representam o paradoxo presente na letra da música na
estrofe: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um
contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
Depois,
refletimos sobre o real significado da música, apesar de esta primeira estrofe
vir da bíblia, a conotação não precisa ser, necessariamente, religiosa. Ainda
que o eu lírico seja dotado de grandes atributos (falar a língua dos anjos),
para se sentir verdadeiramente completo, ele precisaria de amor.
Então transformamos a cruz em uma rosa, porque achamos que representa melhor o amor, como é algo que cresce e vivo.
Então transformamos a cruz em uma rosa, porque achamos que representa melhor o amor, como é algo que cresce e vivo.
Texto completo
Visto que o projeto devia apresenta o texto
completo de onde pertence (música, poema e etc.) e depois de chegarmos no ponto
que queríamos com a frase principal, cabia pensar, onde e como tornaríamos
visível o texto. As primeiras tentativas foram feitas por cima da segunda
versão da cruz.
Ilustração 7: primeira tentativa de texto na segunda cruz.
Depois
dessas tentativas, e depois de adaptarmos mais ainda a frase principal,
tentamos diferentes formas de combinar os dois textos, mas não ficávamos
satisfeitos com nenhum resultado, porque parecia que os dois elementos não combinavam
e não formavam nada visualmente atraente nem significativo.
Ilustração 8: primeira tentativa de texto na rosa
Ilustração 9: segunda tentativa de texto na rosa
Num terceiro momento, copiamos o texto, e no Adobe Illustrator, tentamos as mais variadas formas de distorcer o texto, principalmente num característica visual semelhante com o de 3D, porque consideramos que combina com o aspeto paradoxal que a música tem.
Ilustração 10: primeira distorção do texto completo
Ilustração 11: segunda distorção do texto completo
Consideramos, então, que o protagonismo do projeto
tipográfico devia ser a frase que achamos que “marca” a música – na nossa
opinião-. Essa marca é tanto estrutural quanto poética, visto que, cria um
lirismo diferenciado nessa parte. Portanto, pensamos em deixar o restante da
letra presente e visível, mas mesmo assim, pequeno e com pouca opacidade. E foi
assim que chegamos no que consideramos o projeto final:
Conclusão
Consideramos que nosso projeto final indica que o
amor representado pela “rosa” construída tipograficamente sai ou nasce, até
mesmo de algo retorcido e apagado, como uma flor que nasce num terreno inóspito
ou um pássaro que sai do ovo.
Acreditamos que atingimos, ao longo dos dias e das
tentativas, o esperado neste segundo projeto de Design e Comunicação Visual.
Para além disso, este projeto, que foi feito inteiramente no Adobe Illustrator,
nos fez aprender, ainda mais, a usar essa ferramenta.












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