sábado, 8 de abril de 2017

Projeto #2 - Tipografia - Memória Descritiva - Processo

            Após a escolha da música, lembramo-nos de um exemplo visto em aula que serviu de inspiração e complementou o que já pensávamos em fazer na composição tipográfica, porém com algumas modificações:

 
Ilustração 1: Exemplo dado em aula

Diferente da imagem acima, em nossa composição, o objeto é quase que inexistente, foi criado para ser apenas uma alusão ao formato de uma cruz de acordo com a disposição das palavras.


 
Ilustração 2: “Cruz”

            As palavras em caixa alta têm o objetivo de fazer relação com a melodia da música e a maneira como o cantor pronuncia essas palavras na canção, com mais ênfase nestas destacadas.
            A frase “O amor é fogo que arde sem se ver” foi trabalhada como se fosse uma chama mesmo; são várias cópias da frase em tons de vermelho e laranja, que remete ao fogo, ao calor, as tonalidades da chama.     
  Tivemos como ideia inicial, fazer um aglomerado de frases para representar o fogo:



Ilustração 3: Ideia inicial do “fogo”
 
            A primeira ideia abaixo não foi utilizada porque nosso objetivo era que a frase fosse legível. Também acreditamos que uma “chama” muito intensa assim remete a algo mais agressivo e doloroso, e não a uma “chama do amor”, como descrito no poema.
  Não utilizamos estas primeiras produções por vários motivos: queríamos trabalhar mais nas fontes, no potencial comunicacional das palavras e trabalhar com o texto todo e não somente com uma parte.

Adaptações do projeto

Frase principal

             Como referido acima, pretendíamos trabalhar mais nas potencialidades das fontes, portanto, não ficamos satisfeitos com o resultado anterior que tínhamos. Então, esforçamo-nos e tentamos aperfeiçoar a primeira ideia do projeto.
            Fizemos algumas variações de cores, formatos de cruz, fontes e diferentes disposições do texto todo na composição. As palavras espelhadas representam o paradoxo presente na letra da música na estrofe: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
 



Ilustração 4: Segunda "Cruz"

          Depois, refletimos sobre o real significado da música, apesar de esta primeira estrofe vir da bíblia, a conotação não precisa ser, necessariamente, religiosa. Ainda que o eu lírico seja dotado de grandes atributos (falar a língua dos anjos), para se sentir verdadeiramente completo, ele precisaria de amor.
             Então transformamos a cruz em uma rosa, porque achamos que representa melhor o amor, como é algo que cresce e vivo.


 

 Ilustração 5: "Rosa"

Texto completo

                Visto que o projeto devia apresenta o texto completo de onde pertence (música, poema e etc.) e depois de chegarmos no ponto que queríamos com a frase principal, cabia pensar, onde e como tornaríamos visível o texto. As primeiras tentativas foram feitas por cima da segunda versão da cruz.

                         
Ilustração 6: primeira tentativa de texto na segunda cruz


   
Ilustração 7: primeira tentativa de texto na segunda cruz.

               Depois dessas tentativas, e depois de adaptarmos mais ainda a frase principal, tentamos diferentes formas de combinar os dois textos, mas não ficávamos satisfeitos com nenhum resultado, porque parecia que os dois elementos não combinavam e não formavam nada visualmente atraente nem significativo.



         Ilustração 8: primeira tentativa de texto na rosa              



Ilustração 9: segunda tentativa de texto na rosa

                  Num terceiro momento, copiamos o texto, e no Adobe Illustrator, tentamos as mais variadas formas de distorcer o texto, principalmente num característica visual semelhante com o de 3D, porque consideramos que combina com o aspeto paradoxal que a música tem.  
       


Ilustração 10: primeira distorção do texto completo    


                                         
 Ilustração 11: segunda distorção do texto completo

                   Consideramos, então, que o protagonismo do projeto tipográfico devia ser a frase que achamos que “marca” a música – na nossa opinião-. Essa marca é tanto estrutural quanto poética, visto que, cria um lirismo diferenciado nessa parte. Portanto, pensamos em deixar o restante da letra presente e visível, mas mesmo assim, pequeno e com pouca opacidade. E foi assim que chegamos no que consideramos o projeto final:



Ilustração 12: Projeto final

Conclusão

              Consideramos que nosso projeto final indica que o amor representado pela “rosa” construída tipograficamente sai ou nasce, até mesmo de algo retorcido e apagado, como uma flor que nasce num terreno inóspito ou um pássaro que sai do ovo.

             Acreditamos que atingimos, ao longo dos dias e das tentativas, o esperado neste segundo projeto de Design e Comunicação Visual. Para além disso, este projeto, que foi feito inteiramente no Adobe Illustrator, nos fez aprender, ainda mais, a usar essa ferramenta.

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